quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ULTIMATO - Noé, a arca e a igreja de Cristo



NOÉ, A ARCA E A IGREJA DE CRISTO

Após o surgimento de duas linhagens completamente distintas, a dos justos e dos ímpios, o Senhor começou a revelar de forma cada vez mais intensa aos justos o seu amor.

Vários homens justos acharam graça aos olhos de Deus. Podemos destacar Enoque e Noé. Em relação a Enoque pouco é conhecido sobre ele. Sabemos que ele é um profeta que não morreu, mas antes, foi transladado para os céus, sendo privado das dores da morte. Enoque funciona como um testemunho vivo do futuro plano de Deus para a igreja, o arrebatamento, evento que não trataremos neste artigo.

O que Enoque fez de tão extraordinário a ponto de ser tomado das mãos da morte e indo direto para as mãos de Deus? Ele entendeu a graça de Deus e viveu por meio desta graça, então esta mesma graça o tomou para os céus. O pouco que é registrado sobre Enoque é isto: “E andou Enoque com Deus, e não se viu, mais, porquanto Deus para si o tomou.” Andar com Deus, é seguir os seus princípios. Ninguém que discorda do Senhor pode andar com Ele. Caim é um exemplo disto. Ele saiu diante da face do Senhor para viver a sua maneira. ( Gn. 4-16)

Outro grande gigante na fé foi Noé. Ele não foi transladado até os céus como Enoque, mas foi literalmente arrebatado da ira de Deus, manifestada através do Dilúvio. Não era propósito do Senhor que houvesse duas linhagens na terra, uma justa e outra ímpia.

Em todas as gerações, há um juízo de Deus, com a punição dos ímpios e o livramento dos justos. A Escritura narra que a geração de Noé havia se corrompido grandemente. O Senhor então decide aplicar o seu juízo àquela geração, não seria, porém, repentino. O Juízo viria por ocasião de um evento chamado Dilúvio. Porém, antes da consumação deste grandioso evento, uma arca deveria ser construída.

Um homem justo é escolhido para construir uma embarcação capaz de suportar o Dilúvio. Esta embarcação não foi construída do dia para noite. O tempo gasto para a construção dela foi o período que o Senhor concedeu para que a humanidade se arrependesse. Foi a chance final. Aquela embarcação foi o testemunho de que o Senhor estaria pronto para livrar quem quisesse. Se o Dilúvio simbolizava o juízo de Deus, a arca simbolizava sua graça. E Noé achou graça aos olhos de Deus, pois ele encontrou a arca. Na verdade, ele não só encontrou como ele foi o construtor dela.

A arca é uma simbologia da igreja. A igreja é uma manifestação da graça e do amor do Senhor. Ele deixou a igreja ao homem como uma cidade refúgio para os pecadores que desejassem fugir do mundo e de seus pecados tivessem alento e proteção.

Interessante que apenas 8 pessoas entraram na arca. Em contrapartida, várias espécies de animais entraram. Havia espaço na arca para que muitos homens entrassem, contudo visto que eles amaram mais o mundo do que a eternidade, animais foram colocados em seu lugar. Assim também no tempo da Igreja. O Senhor veio para seu povo Judeu, contudo, poucos da sua nação reconheceram seu caráter messiânico. No lugar da nação judaica, o Evangelho foi então pregado a todos os gentios. Os diversos animais da arca simbolizam as diversas nações futuras que buscariam refúgio no Senhor dentro da Igreja.

A arca não deveria ser o melhor lugar para se estar. Os vários animais diferentes na arca e o cheiro destes não deveria criar um ambiente muito agradável. Na igreja, temos pessoas que representam diversas “tribos”. Nem sempre são as pessoas mais agradáveis, mas com certeza estar na arca ou igreja é melhor local, pois só ali reside a vida. A palavra fala que o que faz um ambiente ter um ‘”cheiro agradável” é o perfume de Cristo manifestado pelo poder de sua salvação. O cheiro agradável da salvação de Cristo é que faz com que suportemos muitas vezes penosas diferenças entre nós na igreja.

A NARRATIVA DE NOÉ- MITO, SIMBOLOGIA OU REALIDADE? A narrativa de Noé possui muitas características que podemos aplicar para a história da igreja hoje. Afinal toda Escritura é inspirada e proveitosa para ensino, repreensão e exortação. A narrativa contém simbologias da realidade de Cristo e da Igreja, mas ela não é totalmente simbólica. Ela foi uma realidade. Tão realidade, quanto a concepção virginal de Cristo ou sua ressurreição. Como Noé conseguiu construir uma embarcação que resistiu 40 dias e 40 noites a uma forte tempestade que inundou a Terra? Como as espécies de animais não se atacaram entre si durante o período que estiveram na arca? Como os animais da arca conseguiram gerar este infinidade de espécies que conhecemos hoje? A resposta é apenas uma: o poder sobrenatural de Deus. Não há realmente respostas naturais para isso, e sim sobrenaturais. Se a embarcação agüentou a tempestade, certamente é porque o Senhor a sustentava. Se os animais não atacavam entre si, é porque o Senhor é quem zelava por eles. Em Isaías, é profetizado um tempo onde o lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha com o boi. (Is. 65-25), ora uma vez que Deus criou a natureza, ele não teria poder sobre ela, inclusive tirando o instinto de veracidade dos animais? Até hoje quando nos deparamos com a natureza vemos uma diversidade de espécies de cobras, pássaros, insetos e outros animais ficamos perplexos com o poder de Deus. Se comparado a número de espécies existentes hoje, o número de animais na arca era ínfimo. Como estes poucos animais na arca, geraram um quase infinito números de espécies diferentes em momento posterior? A resposta naturalmente não está nos animais, mas em Deus que não só restaura como faz nova todas as coisas. Deus é o mesmo em todas as eras. Ele é um Deus criativo, que cria novas todas as coisas, restaura o que foi destruído, dá de volta a vida o que foi perdido, Ele tem prazer em reconstruir o que o homem destruiu. O Juízo veio não por causa de Deus, mas por causa do pecado do homem.

A história de Noé não é um mito. Ela é encontrada no relato de vários povos da antiguidade, porém de uma forma um pouco diferente do que foi revelado na Bíblia. Não são apenas os judeus antigos que, portanto, narram o acontecimento chamado Dilúvio, outros povos da mesopotâmia também afirmavam que um dilúvio ocorreu.

O Senhor através de suas histórias revela seu caráter justo, misericordioso e sinaliza profeticamente seus planos para o homem no futuro. Jesus disse que antes de sua volta os homens estariam com a geração de Noé, anestesiados espiritualmente. Então virá uma repentina destruição e juízo aos que não temeram as palavras de Cristo. A porta da salvação está aberta, não se encontra em uma instituição, mas no próprio Cristo, pois Ele é a cabeça da Igreja. E a igreja somos nós, todos os que cremos. Se amarmos uns aos outros, estaremos não só ligados uns aos outros, mas também ligados ao cabeça de tudo, Cristo. Entrar na arca, não é ir ou freqüentar uma igreja, mas é acima de tudo amarmos uns aos outros, desta maneira estaremos verdadeiramente seguros e ligados em Cristo.

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