quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Segredo de Deus



Em várias partes do mundo, diferentes pessoas buscam riquezas, uma vida saudável e respostas para sua existência através de alguma espiritualidade. Temos aprendido que a vontade de Deus revelada em III Jo 1:2 é que sejamos bem sucedidos em todas as áreas da vida. Contudo, alcançar vitórias na vida não é uma tarefa fácil. Algumas pessoas, para tanto, buscam uma espiritualidade através do esoterismo, misticismo na esperança de satisfazer suas necessidades diversas.

O esoterismo e o misticismo clamam ter um “segredo” espiritual, uma verdade oculta que apenas quando for desvendada pelo seguidor, esta pessoa poderá então conseguir bênçãos materiais.

Este “segredo” esotérico muitas vezes está ligado a doutrina da atração, do poder da mente, dos pensamentos positivos que uma vez exercidos e liberados atraem um poder oculto e misterioso do “universo” para que a pessoa seja abençoado no que ela desejar. Contudo, estes ensinamentos espirituais que afirma que o homem pode conseguir qualquer coisa por meio de pensamentos positivos, exercitando sua divindade e seu poder dentro de si mesmo não está de acordo com a Sagrada Escritura.

A Escritura no entanto também possui um segredo, um conhecimento guardado que precisa ser desvendado por todo homem para ele conseguir a chave para as suas vitórias. E é deste segredo que iremos discorrer.


CONSIDERAÇÕES SOBRE O LIVRO DE FILEMON.

No estudo de hoje, vamos procurar este segredo de Deus. Para tanto, nos utilizaremos do livro das Sagradas Escrituras chamado Filemon. O livro de Filemom está localizado no Novo Testamento. Foi escrito pelo Apóstolo Paulo em Roma no ano 64 d.C. O tema gira em torno de Onésimo, um escravo chamado Filemon que fugira de seu senhor após roubá-lo. Ao fugir para Roma, Onésimo conhece o Apóstolo e por meio de sua vida se converte. A partir daí, com a ajuda de Paulo, começa o processo de restauração de Onésimo. E o primeiro passo de restauração dá origem à carta cristã denominada Filemon. Nela, Paulo perde perdão a Filemon pela atitude de Onésimo, e como o Apóstolo crê que Filemon é um genuíno cristão, ele clama para que Filemon aceite Onésimo de volta não mais como o seu escravo, mas seu irmão em Cristo. A carta apresenta uma intercessão sincera pelo pecado de Onésimo e através desta atitude a carta revela o Segredo de Deus pregado pelos profetas séculos atrás.

O SEGREDO DE DEUS

Em Filemon no seu único capítulo em seus versículos 17 e 18 vemos o seguinte:

“Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo, e se fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta”.

Os versículos acima mostram o mais elevado nível de amor que existe, àquele que se sacrifica em prol do outro. O mesmo de Cristo por nós. Esta frase de Paulo para Filemon sobre Onésimo é a mesma que Cristo falou a Deus Pai acerca de nós. Cristo, na cruz, clamou a Deus Pai para que recebesse-nos com o mesmo valor que Ele tinha para como o Pai. E no que toca aos nossos pecados, Cristo clamou para que fossem colocados em sua conta, ou seja, na sua própria vida. Assim, é descortinado o segredo de Deus, ou seja, que somos pecadores, não merecedores de seu amor, mas Ele mesmo propôs um meio para que tornássemos merecedores. Ele assume a nossa culpa e a punição. Isto é graça. É um favor imerecido. Nós deveríamos ter sido punidos pelos nossos pecados através de nossas vidas, mas Cristo recebeu a nossa punição através de Sua vida.

Com o sacrifício de Cristo, temos paz com Deus, pois o pecado recebeu a sua devida punição. Entender esta doutrina é entender o segredo de Deus para com o homem.

ULTIMATO

Na narrativa de Gênesis, Deus alerta para que o homem não coma do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal para que não morra. E no centro do Éden, Deus coloca a árvore da vida que poderia dar a Vida Eterna ao homem através dos seus frutos.
Cristo afirma que Ele é o pão da vida e sua doutrina é Espírito e vida e aquele que alimentar-se dela herdará a vida eterna.

Contudo, no tempo atual muitos movimentos espirituais procuram substituir a doutrina pura de Cristo, por ensinamentos falsificados que não são um alimento verdadeiro para as nossas almas.

Os movimentos esotéricos atuais ensinam uma doutrina igual a da serpente no Éden em Gênesis capítulo 3, verso 4 e 5:

“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia, que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”.

Estes movimentos espiritualistas atuais ensinam que sua doutrina é inofensiva, coloca a Palavra de Deus em dúvida, e afirma que ao alimentarmos de suas doutrinas esotéricas os nossos olhos serão abertos e seremos como o próprio Deus, porque iremos adquirir um poder místico e oculto para realizar qualquer coisa. Teremos então descoberto o grande “segredo” da existência.

Não se deixe enganar por estes ensinos ocultistas que possuem uma capa de espiritualidade , ouça a Cristo. Cristo é o verdadeiro alimento, que nos sustenta por toda vida e não estas falsas doutrinas. Ele é a nossa Árvore da Vida. É ele que muda nossa sorte de escravo para filho, como fez com Onésimo na narrativa de Filemon.

Ele se deu por nós voluntariamente por amor e não exige nada de nós com base em manipulação ou autoritarismo. O Apóstolo Paulo reflete perfeitamente o caráter humilde de Cristo para conosco que mesmo sendo Senhor se fez servo e habitou entre nós. Veja a frase de Paulo a Filemon em Fm 1:8-9:

“Pelo que ainda que tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que convém, Todavia peço-te antes, por caridade, sendo eu tal como sou, Paulo, o velho e também agora prisioneiro de Jesus Cristo.”

Minha oração é que você se renda a graça de Deus em Cristo, pois Ele não obriga ninguém a serví-lo, mas pelo clamor derramado na cruz ele espera que o servimos por amor e não por obrigação. E quando experimentarmos a doçura de sua graça, então seremos como Onésimo, antes escravos, agora elevados a posição de Filhos de Deus para todo sempre.

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