quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ultimato


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO E DEUS                

É muito comum a separação do secular e do espiritual na mente de muitos cristãos.
Para muitas pessoas, o propósito da criação do homem é que este adore o seu Criador, o que naturalmente não discordamos. Mas é necessário avançarmos um pouco mais sobre o que é exatamente adoração ao Senhor. Algumas pessoas entendem que práticas como devocionais, jejuns, leituras bíblicas, orações, comunhão na igreja são aspectos diferentes de um mesmo fato: a adoração ao Senhor. A ausência dessas práticas na vida de um cristão, sem dúvida, impede um maior crescimento espiritual. Contudo, quando o assunto é ambiente de trabalho, há uma espécie de separação do que é santidade e do que é secular na mente de muitos cristãos.
É muito equivocada a idéia de que o trabalho o qual garantimos nosso sustento seja algo secular e nossas idas semanais a igreja seja algo “espiritual”. O termo secular tem a haver com as coisas passageiras deste século que não produzem frutos de eternidade para a honra e glória do nosso Senhor. O trabalho que Deus tem conferido a nós não é uma coisa passageira, se fizermos nosso trabalho para a honra e glória do Senhor produziremos muitos frutos dignos tanto para esta vida, quanto para a Eternidade.
Paulo afirma a importância do trabalho para o cristão e alerta os perigos de uma vida ociosa e desorganizada: “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado.” 1 Ts. 5:11
Paulo em outro momento mostra que o trabalho que Deus nos dá para garantirmos o nosso sustento é também uma expressão de adoração ao Senhor: E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.” Cl. 4:23-24.
Como, diante deste versículo, podemos separar vida “secular” de vida “espiritual”? O nosso trabalho tem tudo a ver com nossa vida espiritual. Nosso trabalho pode ser um Éden, um lugar de delícias, se o Espírito do Senhor habita em nós. Mesmo com pessoas às vezes não tão agradáveis ou serviço muitas vezes enfadonho, a presença real de Cristo pode nos conduzir a uma paz que excede a todo entendimento humano. E é através desta paz que iremos ser bons servos, ou bons empregados e colheremos o fruto disso, tanto nesta vida, quanto na eternidade.
A luz de Cristo não pode ser oculta ou brilhar apenas em alguns momentos. Ela tem que brilhar sempre. Ser cristão não coloca em risco nosso emprego. A ausência de sermos cristãos em nosso emprego, por outro lado, coloca em risco nossa vida espiritual.
A falta de conhecimento e maturidade com o Senhor faz com que muitos cristãos ocultem seu brilho, seus talentos tão bem desempenhados na igreja com medo de alguma retaliação ou perseguição em seus empregos. A necessidade de ser aceito socialmente tem feito com que muitos cristãos venham sucumbir na sua carreira cristã. Em troca de promoções ou prestígio social no ambiente de trabalho, se troca a carreira eterna cristã pela curta jornada terrestre.
Veja, o mal não está no trabalho em si, este não nos impede de servirmos a Deus. O que impede de servirmos a Deus em nosso trabalho é o medo de sermos rejeitados socialmente por mostrarmos a luz de Cristo, ou a ganância por dinheiro ou status no local de trabalho em detrimento da cruz de Cristo.
Recorrentemente pensamos que se brilharmos a luz de Cristo no nosso ambiente de trabalho pode resultar em oposição e perseguição e isso em parte pode ser verdade em algumas situações. Da mesma maneira pensamos que se não almejarmos crescimento profissional, poderemos estar condenados em um comodismo irreversível, o que não deixa também de ser verdade em parte.
O triste é que não nos lembramos do outro lado da moeda, o lado de Deus. Sempre nos lembramos do natural desta vida, mas raramente do sobrenatural. Haverá perseguições para aqueles que servem genuinamente a Cristo, mas não deixará de haver consolo e livramento por parte do Espírito de Cristo.
Em relação ao perigo do comodismo, o livro de provérbios nos ensina que um homem que faz o seu melhor da obra de suas mãos será colocado pelo Senhor entre reis. Assim, não importa a sua profissão; se você faz o seu melhor para Deus, Ele nunca derramará um espírito de comodismo ou mediocridade em você, mas derramará cada vez mais unção e poder para realizar seu trabalho de forma digna e eficaz. Não faltará ao homem que dá o seu melhor no seu trabalho, honra e respeito vindos da parte de Deus. Quer ser respeitado e honrado pelos homens? Dê o seu melhor para Deus e não para os homens.        
Como expomos neste artigo, o trabalho está totalmente ajustado no programa de Deus ao homem para que este aprenda um pouco mais sobre o Senhor. Faça do seu trabalho um local de adoração, e você assim terá muitas oportunidades de conhecer e amar mais o Senhor.

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